quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dos voos e aterrissagens


Hoje, sozinha, depois que todos dormiram, me pego aqui refletindo sobre o papel das EXPECTATIVAS nas nossas decepções em esferas diversas. Se esperamos muito que algo aconteça, ou que alguem aja de determinada forma, e esperamos de um jeito, imaginamos de um jeito, acabamos trazendo uma responsibilidade muito grande para tal coisa ou pessoa, e, a menos que essa coisa ou pessoa integrem a esfera do que é celestial, o único resultado possível será a FRUSTRACAO.

O que gera a frustração é o excesso de expectativas. E a responsabilidade pela criação das expectativas é de quem, senão da gente mesmo? Qual é realmente aquele limite necessário entre o sonho, a projeção, e a forma efetiva com que as coisas acontecem?

E a gente espera. Espera que as coisas aconteçam do jeito que a gente idealizou. E elas até acontecem. Mas é que na idealização parecia que era mais! Na idealização palavras eram ditas, atitudes eram tomadas, e tudo parecia tão bonito...

Se conseguissemos viver as coisas e entender as pessoas, de forma natural, TAL COMO ELAS SE APRESENTAM, sem cobranças, projeções, sonhos que se instauram e repercutem, talvez conseguissemos vivê-las e aceita-las com mais sobriedade, mais honestidade. Conosco mesmo.

Mas é que a sobriedade nunca me interessou muito! Só que quem SOBE no prédio mais alto, tem que ser adulto o suficiente pra saber que também VAI CAIR do prédio mais alto. E nem sempre a queda se transforma em vôo, como a fantasia imagina. E às vezes dói...

Nessa ponta de madrugada, aqui perdida e ensimesmada, só consigo é me lembrar daquele filme... "Não é como você cai. É como você aterriza."

(O nosso chão só será tão duro quanto quisermos que ele seja...)

E por hoje ja me dou o direito de apertar o OFF!!!

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