Esperta São Paulo... Cidade sem saída... Garoa sem tradução... Ilha, uma cidade cercada de prédios por todos os lados... Em vez dos arrecifes, arranha-céus... Uma avenida coração de um país... Celeiro de arte em ebulição... Frio na esquina da Ipiranga com a São João... Um parque num cartão-postal... Mata verde sitiada... Um rio paladino da feiúra óbvia, da imundice minha, sua, das traquinagens humanas... São mais de sete milhões de habitantes, todos eles sós... São italianos, japoneses, nordestinos e cariocas... Todos juntos e separados, com seus sonhos transformados em cinema-mudo... São os passos apressados nas linhas de metrô... São os pombos nas calçadas com receio de voar... E mesmo que o céu esteja escuro e acinzentado, mesmo que a TV anuncie o Corujão, que a lua grite que é noite e que os relógios badalem a madrugada... A impressão que tenho olhando a cidade da minha janela... É que a ausência das estrelas e o vício da produção em série fazem as pessoas acreditarem que é sempre dia... Desperta São Paulo...
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adaptado da Maíra Viana, mas pertinente pra expressar tudo que está entalado na garganta, que não sai, que faz companhia pro choro que ainda não veio...
Um comentário:
Q LINDO!! mas sabe q SP é sua cara mesmo...sempre achei!
Bom...agora me resta calçar a moleca pro "caminho de anchieta" hehe...BOA SORTE P VCS AI!
AMO VCS!
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